quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

FÉRIAS! - Mitos e Verdades de Como Proceder no Litoral




1 – É proibido dirigir descalço
Apesar de muita gente dizer o contrário, é permitido, sim, dirigir com os pés em contato direto com os pedais. O que não pode é usar calçado sem apoio no calcanhar.Isso porque, de acordo com o Art. 252, Inciso IV do Código de Trânsito Brasileiro, é proibido dirigir o veículo “usando um calçado que não se firme no pé ou que comprometa a ação dos pedais”. Guiar descalço pode ser até desconfortável para alguns, mas é melhor do que tomar uma multa de R$ 85,13 e levar 4 pontos na carteira....

2 – É proibido dirigir de sunga ou biquíni
Para alegria dos marmanjos (e tristeza das esposas que preferem não ver a barriga do marido), o CTB não possui nenhuma restrição em relação à vestimenta do condutor ou dos passageiros. Ou seja, na hora de sair da praia, a única recomendação é colocar uma toalha ou similar no banco, para evitar que a espuma fique molhada – e depois bata aquele cheiro de cachorro molhado nas semanas seguintes. Ah, uma curiosidade: levado à risca, o CTB não proíbe nem que se dirija pelado. Mas antes que seus pensamentos libertinos aflorem, vale lembrar que atentado ao pudor ainda é crime!



3 – É proibido andar com o carro na praia

Aqui a resposta varia de acordo com a região. O Código de Trânsito Brasileiro não possui restrição para o tráfego de veículos na faixa de areia. Contudo, para garantir a segurança dos banhistas, diversos municípios proíbem o tráfego de automóveis nas praias, incluindo os de uso recreativo, como quadriciclos. Por outro lado, há cidades que não só autorizam como regulamentaram o uso de carros na praia, em especial os tradicionais buggys que cruzam as dunas do Nordeste. Nesses locais, há placas e balizas sinalizando onde os carros podem (e não podem andar). Na dúvida, não vá, até porque....

4 – Água salgada estraga o carro
A não ser que seu carro seja um bacalhau, o sal não irá ajudar a preservá-lo. Muito pelo contrário: associado à maresia, o sal ataca a lataria do carro, provocando corrosão precoce do material. Lembra-se daquele fogão velhinho (mas inteiro) que você levou pra casa de praia ano passado e agora está se desintegrando? Pois é, o mesmo pode ocorrer com o automóvel. Para evitar que seu possante vire uma caixa de ferrugem sobre rodas após as férias, aguarde a última dica de nosso guia!

5 – O consumo do carro muda na praia

Se você apostou com seu cunhado que o consumo não muda, má notícia: muda sim. Mas é fácil economizar o dinheiro para pagar uma caixa de cerveja para seu parente, pois a boa notícia é que o carro fica mais econômico perto do mar. “Quanto maior a pressão atmosférica, mais ar é admitido pelo motor, melhorando a combustão e reduzindo o consumo de combustível”, afirma Alfredo Guedes, supervisor de relações institucionais da Honda. Mas não aposte muito alto, pois, segundo Guedes, a diferença é quase imperceptível, pois a injeção eletrônica adapta o funcionamento do motor automaticamente. O lado bom é que a recíproca é verdadeira, então falar que o carro gasta muito para explicar sua recusa para uma viagem nas montanhas é uma boa desculpa justificativa.

6 – É proibido ouvir música alta do lado de fora do carro
Como é pouco provável que as outras pessoas compartilhem de seu gosto musical, o CTB restringe o uso de equipamentos sonoros no automóvel nos artigos 227 e 228. Do uso da buzina ao volume do ‘pancadão’, tudo está sujeito às restrições legais, inclusive indo além da infração de trânsito. Se o aspirante a cantor/dançarino abusar do volume, pode ser enquadrado pelo artigo 42 da Lei 3.688/41, pois estará perturbando o sossego alheio com instrumento sonoro ou acústico. Como não há restrição para o mau-gosto, aquele seu vizinho ainda pode ouvir a música favorita dele, alta, dentro do carro com os vidros fechados e em um lugar deserto. Só avise-o para tomar cuidado com a surdez precoce.

 



Fonte: Yahoo! Brasil Motors Powered by WebMotors
           Texto: Rodrigo Ribeiro / Fotos: Paula Korosue

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